terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Maldito nó na garganta que não desce nem salta pra fora. Vida desregrada e ingrata que apronta sem nossa permissão. Tudo desce pelo ralo como água do chuveiro na hora do banho. Vai embora feito espuma e sabão, suor e poeira. Fica o nada remoendo por dentro como um fantasma velho e assombroso que teima em fazer sofrer mesmo sabendo que dentro daquele peito a alma já quase morreu. O grito preso quer ser liberto e sair pelos ares mas falta fôlego. Não existe espaço dentro pra tanta dor e lá fora a dor também não caberá.
Prisão, dor, impaciência. E o ar que não chega até os pulmões. É difícil morrer? Viver é bem mais.

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