Como são tolos os momentos que deixamos passar sem nada fazer, preferindo o absurdo vazio das horas e as lacunas que os dias vão deixando. Amanhã quero deixar que minha loucura ultrapasse os limites do medo e da censura, quero me entregar aos sonhos impossíveis, que vão além das fronteiras do real e previsível. Quero te encontrar e te dar meus abraços, meus doces beijos e a pimenta do meu corpo. Quero me unir a ti como vulcão incandescente, te queimar em meu fogo e me afogar em tua lava. Amanhã não existirá talvez, será sim ou não, será chuva ou fogo.
domingo, 28 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Hoje eu abri a porta onde estão guardadas as tuas coisas. Entrei quase levitando, com medo de tocar em algo, não querendo abrir os olhos, com o coração apertado no peito e a alma deixei do lado de fora. Quando resolvi respirar percebi que teu cheiro não estava mais lá e ao abrir os olhos me deparei com um cenário de cores bem diferentes das que meus olhos tinham visto desde a última vez em que lá eu estivera. Como mudam as coisas com o passar do tempo. Como desbotam cores e evaporam odores. Que engrenagem é esta que trabalha em nossa ausência e que só percebemos quando tudo já está modificado? Era tudo tão lindo e agora parece tão banal.
Eu seria capaz de jurar que estaria tudo da mesma forma como eu deixara. Que mão mágica mexeu nas coisas em minha, nossa, ausência? Não posso dizer que fiquei triste com o que encontrei lá dentro, naquele lugar em que eu julgava sagrado, talvez surpresa, um pouco aliviada, esperançosa, não sei ao certo me definir, talvez apenas diferente.
Olhei tudo com cuidado, joguei uma coisinha fora, bem pequena.
Virei as costas, fechei a porta, e para minha surpresa, não doeu.
Eu seria capaz de jurar que estaria tudo da mesma forma como eu deixara. Que mão mágica mexeu nas coisas em minha, nossa, ausência? Não posso dizer que fiquei triste com o que encontrei lá dentro, naquele lugar em que eu julgava sagrado, talvez surpresa, um pouco aliviada, esperançosa, não sei ao certo me definir, talvez apenas diferente.
Olhei tudo com cuidado, joguei uma coisinha fora, bem pequena.
Virei as costas, fechei a porta, e para minha surpresa, não doeu.
Na saida, peguei minha alma e fui embora.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
No silêncio da noite que me envolvia, sonhei contigo amor, que vinhas me buscar e me levavas para longe em teus longos braços na imensidão do universo. Ah, tão sublime sentimento de abandono e êxtase, de entrega e paixão que me consumia. Teu corpo de calor insano feito brasa me devorava e nas nuvens eu voava. Como faíscas de labaredas meu corpo crepitava e minha alma parecia se apartar de mim por completo. E no mais louco abandono, na mais completa e insana entrega, quando eu já não era mais eu foi que o derradeiro fim aconteceu. De súbito meus olhos abriram-se e na imensa cama só restava o meu corpo abandonado e só. Peguei o travesseiro e entre as pernas fiz meu ninho, tentando no desespero substituir o amante distante. E na solidão da noite escura, só restou o peso da saudade que insistia em se alojar no peito e a dor dilacerante que não aplacava por mais macio que o travesseiro fosse.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Flutuo na imensidão do espaço que é meu ser e entre a realidade e o ilusório há um vácuo onde me encontro. A tênue linha que me liga entre um mundo e outro é a única coisa que me resta antes que eu me perca para sempre. Agarro-mo a ela como um náufrago em um barco sem leme e sem velas, como um andarilho no deserto com o último gole de água. O amor sangrou meu peito e deixou cicatrizes que nenhum remédio cura e dores que nenhum outro amor aplaca. Não tenho passado nem futuro, meu presente é agora e é nada. Vivo o instante e nada importa, a vida é um fio de sangue que escorre pelas veias, a vida hoje é isso, apenas isso e mais nada.
Lou Witt
Lou Witt
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Quando a chuva cai, fina e mansa, seus pingos parecem que brincam nas poças que se formam no chão. Sinto vontade de entrar nela, molhar o corpo e a alma, sentir na pele o doce molhado de sua água. Queria correr feito criança entre as calçadas e os meus sonhos, em meio as poças e aos pingos. Encontrar abrigo entre o escuro do céu e a ponta do arco-íris, onde deixei guardado meus desejos e sonhos.
Vontade de correr descalça e de cabelos molhados, sentir no rosto a maciez da água que me inunda, encharcando minha roupa e molhando meu coração. Quando chove assim e me sinto como criança é que encontro o melhor de mim.
Vontade de correr descalça e de cabelos molhados, sentir no rosto a maciez da água que me inunda, encharcando minha roupa e molhando meu coração. Quando chove assim e me sinto como criança é que encontro o melhor de mim.
domingo, 16 de novembro de 2008
O lençol mágico!
Quando criança, como toda menina, costumava brincar de bonecas e casinhas.
De um lençol roubado da mãe fazia uma casa e a colocava onde queria.
Desde aquela época já era um pouco nômade, nunca ficava no mesmo lugar, movimentava-se de um lado para outro, sempre carregando o lençol que transformara em seu lar.
Agora já crescida não entra mais em uma casinha encantada, fica sempre procurando pelos cantos do mundo, tentando se encontrar.
Sente saudade das casinhas, das bonecas e do lençol mágico que ficou perdido no tempo.
Talvez um dia eu ainda o encontre novamente e faça dele sua morada.
Lou Witt
Lou Witt
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