sábado, 30 de julho de 2011

Além do horizonte, no espaço infinito
Dois olhos brilham feito vaga-lumes
E no vasto deserto dos dias
A alma chora uma saudade
Mas um dia, entre abismos de estrelas
As almas finalmente irão se encontrar
e os corações florescerão em paz.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sem você o mar geme tristezas e chora lágrimas de espumas
o vento assovia triste nas tardes que anoitecem cinzas
existem dores de orvalho nas flores e a primavera tarda
sem você meu caminho é ermo e minhas mãos são vazias
meu olhar fica perdido nos dias que são feitos de tua ausência
e quando chove os pingos misturam-se ao meu pranto e eu te chamo

Sem você eu sigo, luto, prossigo...

Lou Witt

quarta-feira, 13 de julho de 2011

...
..
.
Dona morte, por que insiste em me mostrar sua negra face?
Não bastou levar que eu tanto amava?
Me deixe aqui, não me traga mais dores.
Não maltrate tanto meu coração que só quer bater em paz.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Horizonte tece as vestes da noite
e uma dor infinda espera pra dormir

Lou Witt

domingo, 3 de julho de 2011

Tenho um grito preso e lágrimas contidas querendo sair.
Tenho uma noite pela frente e uma dor como companheira.
Tenho uma brasa que arde e um vazio que consome.
Tenho uma alma que sofre e um coração que chora.
Agora
é
o
que
tenho.
Neguei esse amor por tantas vezes.
Fiz de tudo para que ele morresse quando apertava no peito.
Tentei substituir, fazer menor, esconder, matar...
Hoje é ele quem quase me mata...
Que sentimento é esse que me atropela e me leva para um poço tão fundo e escuro que mal consigo respirar?
Que espada é essa que cravaram em meu peito?
Quem apagou a luz e me deixou aqui sem esperanças?
Quem me faz duvidar que o amanhã será melhor?
Quem tirou as cores do meu mundo?

sábado, 2 de julho de 2011

A cada hora que passa o céu fica mais escuro
e meu coração mais triste
Hoje é sábado e sábados eram azuis com a tua existência
e mesmo distante de mim eu sabia
que o sol brilhava para ti
Mais tarde sei que vai chover
lá fora e aqui dentro de mim

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É noite
e nesta hora dói mais meu coração.

Onde estás, meu amado
que não vem quando te chamo?

Ai tem pássaros? borboletas?
Tem arco-íris para te enfeitar os dias?
Tem sonhos e mar azul?

Meu coração deseja que sim
porque aqui
aqui só ficou a solidão
e a dor da tua ausência.

Minha dor não tem tamanho
Não tem fronteira
Não cabe em mim
Meu Deus eu te entrego meu coração
Cuida dele porque eu não estou conseguindo

Minha alma chora
Meu coração está dilacerado
Meus pedaços voaram para longe
Não sei como vou me juntar novamente

Dona morte trapaceou comigo e venceu
Me deixou aqui neste vazio imenso
Nesta falta absurda que me consome
Nesta lacuna sem fim que é a tua ausência
Madrugada de 29 de junho de 2011.
Você se foi
para sempre.

Um pedaço de mim também morre.