sexta-feira, 30 de julho de 2010


Num mundo de ilusões onde o tempo corre apressado e tudo é efêmero e sem futuro, sinto-me navegando em um barco rumo ao nada.
O vento carrega tudo com surpreendente velocidade.
Tudo se vai com a rapidez de um raio e os ponteiros continuam a correr velozmente.
Quem é presença constante hoje amanhã já terá partido.
Que estranho mundo de desapegos e de vãs palavras.
Que realidade feroz que se sobrepõe aos sentimentos que são tão frágeis.
Sentimentos de vida curta, de olhares vazios, de ilusões fugazes.
Passatempo.
Tempo passa.
As horas voam e o que era ontem hoje já não é nada.
Estale os dedos.
Pronto.
Já passou.
Tempo mágico que gira descompassadamente varrendo ilusões e criando feridas.
É preciso se adaptar, encaixar o momento da melhor forma possível e pedir auxílio à sorte.
A vida corre frágil na ampulheta do tempo e o tempo corre veloz na contrapartida da vida.
Não sinta dor.
Não sinto.
Ou sinto?
Não derrame lágrimas.
Tenha em mente que tudo é passageiro.
Aceite o mundo onde as palavras dançam coloridas e confundem corações.
Onde tudo é inventado e vaga fragilmente por um fio.
Fino fio de realidade.