quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quando a chuva cai, fina e mansa, seus pingos parecem que brincam nas poças que se formam no chão. Sinto vontade de entrar nela, molhar o corpo e a alma, sentir na pele o doce molhado de sua água. Queria correr feito criança entre as calçadas e os meus sonhos, em meio as poças e aos pingos. Encontrar abrigo entre o escuro do céu e a ponta do arco-íris, onde deixei guardado meus desejos e sonhos.
Vontade de correr descalça e de cabelos molhados, sentir no rosto a maciez da água que me inunda, encharcando minha roupa e molhando meu coração. Quando chove assim e me sinto como criança é que encontro o melhor de mim.

domingo, 16 de novembro de 2008

O lençol mágico!
Quando criança, como toda menina, costumava brincar de bonecas e casinhas.
De um lençol roubado da mãe fazia uma casa e a colocava onde queria.
Desde aquela época já era um pouco nômade, nunca ficava no mesmo lugar, movimentava-se de um lado para outro, sempre carregando o lençol que transformara em seu lar.
Agora já crescida não entra mais em uma casinha encantada, fica sempre procurando pelos cantos do mundo, tentando se encontrar.
Sente saudade das casinhas, das bonecas e do lençol mágico que ficou perdido no tempo.
Talvez um dia eu ainda o encontre novamente e faça dele sua morada.
Lou Witt
Te espero
Te procuro nas ruas por onde ando
a cada passo te procuro.
Te vejo nas esquinas de meu pensamento
onde secretamente moras.

Te quero na imaginação dos sonhos
onde tudo é possível.
Te amo em cada coisa que vejo
e dentro de mim você vive.

Lou Witt
A vida passa
e por um triz não me perco dela
A vida é bela
e quase não a vejo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Você é a ilusão
é que não existe
o que criei dentro de mim
e dei vida falsa.
Você é o sonho desfeito
o realidade dura
e o silêncio do abismo.