Quando a chuva cai, fina e mansa, seus pingos parecem que brincam nas poças que se formam no chão. Sinto vontade de entrar nela, molhar o corpo e a alma, sentir na pele o doce molhado de sua água. Queria correr feito criança entre as calçadas e os meus sonhos, em meio as poças e aos pingos. Encontrar abrigo entre o escuro do céu e a ponta do arco-íris, onde deixei guardado meus desejos e sonhos.
Vontade de correr descalça e de cabelos molhados, sentir no rosto a maciez da água que me inunda, encharcando minha roupa e molhando meu coração. Quando chove assim e me sinto como criança é que encontro o melhor de mim.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
O lençol mágico!
Quando criança, como toda menina, costumava brincar de bonecas e casinhas.
De um lençol roubado da mãe fazia uma casa e a colocava onde queria.
Desde aquela época já era um pouco nômade, nunca ficava no mesmo lugar, movimentava-se de um lado para outro, sempre carregando o lençol que transformara em seu lar.
Agora já crescida não entra mais em uma casinha encantada, fica sempre procurando pelos cantos do mundo, tentando se encontrar.
Sente saudade das casinhas, das bonecas e do lençol mágico que ficou perdido no tempo.
Talvez um dia eu ainda o encontre novamente e faça dele sua morada.
Lou Witt
Lou Witt
Assinar:
Postagens (Atom)