Hoje eu abri a porta onde estão guardadas as tuas coisas. Entrei quase levitando, com medo de tocar em algo, não querendo abrir os olhos, com o coração apertado no peito e a alma deixei do lado de fora. Quando resolvi respirar percebi que teu cheiro não estava mais lá e ao abrir os olhos me deparei com um cenário de cores bem diferentes das que meus olhos tinham visto desde a última vez em que lá eu estivera. Como mudam as coisas com o passar do tempo. Como desbotam cores e evaporam odores. Que engrenagem é esta que trabalha em nossa ausência e que só percebemos quando tudo já está modificado? Era tudo tão lindo e agora parece tão banal.
Eu seria capaz de jurar que estaria tudo da mesma forma como eu deixara. Que mão mágica mexeu nas coisas em minha, nossa, ausência? Não posso dizer que fiquei triste com o que encontrei lá dentro, naquele lugar em que eu julgava sagrado, talvez surpresa, um pouco aliviada, esperançosa, não sei ao certo me definir, talvez apenas diferente.
Olhei tudo com cuidado, joguei uma coisinha fora, bem pequena.
Virei as costas, fechei a porta, e para minha surpresa, não doeu.
Eu seria capaz de jurar que estaria tudo da mesma forma como eu deixara. Que mão mágica mexeu nas coisas em minha, nossa, ausência? Não posso dizer que fiquei triste com o que encontrei lá dentro, naquele lugar em que eu julgava sagrado, talvez surpresa, um pouco aliviada, esperançosa, não sei ao certo me definir, talvez apenas diferente.
Olhei tudo com cuidado, joguei uma coisinha fora, bem pequena.
Virei as costas, fechei a porta, e para minha surpresa, não doeu.
Na saida, peguei minha alma e fui embora.
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