segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


















E porque você se foi sem pedir licença
deixando em meu peito uma lacuna?
Em nossos dias de luz puxou uma cortina
e todas as luzes que brilhavam sumiram
Como você se atreveu a me deixar na solidão
apagando as estrelas do meu céu?
Transformando minhas noites num torrencial de saudade
Como faço agora pra preencher este espaço?
Este imenso vazio que tua falta me faz?
Você pisou em mim como se pisa em cimento molhado e suas pegadas estão em mim me lembrando a todo instante que você passou por aqui.
No peito uma dor única dessas que tomam conta de tudo. Arrasam. Devastam. Rasgam e criam feridas.
Hoje estou consumida pelo que você deixou e tudo o que você deixou sangra.
O coração por vezes cresce e nessas horas a insignificância de meu ser é tanta que seria preciso viver uma outra vida pra poder me sentir menos ínfima.
E por hora é só


tão somente só

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