domingo, 17 de janeiro de 2010



Às vezes penso e acho que isto é de uma certa soberba, mas penso que não existe amor maior no mundo do que o meu e é tão assustador pensar assim quanto estar aqui agora, nesta madrugada tentando encontrar explicação para o que nunca vou conseguir explicar.
Me perco em pensamentos olhando as paredes verdes do quarto. Fotos, lembranças, no peito uma dor pungente e uma interrogação constante. Como é possível um amor desse jeito? Quantas vezes matei esse amor por necessidade e quantas vezes ele volta, e volta, e volta.
Sangrei. Não tenho medo de dores, vivo com elas desde sempre. São minhas companheiras, fazem parte de mim e deste meu universo incompreensível.
Uma brisa entra pela janela e beija minha face, aplaca um pouco minha solidão e refrigera minha alma que chora.
Meu peito às vezes parece magma e me dá a impressão de que nada dentro vai ficar inteiro.
Queria entender um pouco mais da vida, ser mestre de alguma coisa, entender talvez de sentimentos que é o mais difícil.
Queria ter a resposta para o que acontece em corações desajustados como o meu, mas de nada sei, a leiguice a respeito de sentimentos é tanta que se forma quase um caos aqui dentro.
Desisto de ser mestre em sentimentos.
As horas passam lentamente e a noite é assustadoramente silenciosa, diferente de meu coração que é um estrondo só nesta madrugada.
Talvez eu deva ler o dicionário e procurar palavras novas, isso pode ser interessante, talvez me faça esquecer por um tempo o que me trouxe aqui para este quarto de paredes verdes claras.
Talvez eu deva tentar dormir. Talvez morrer. Seria bom.

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