segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E a chuva cai silenciosa novamente. Sinto minha alma renascer a cada pingo. Tenho a sensação de que ontem viajei milhas até lugares desconhecidos. Hoje volto com a chuva e meus pés ainda não encontraram o chão. Sinto-me flutuando e procurando o melhor lugar para meu pouso. Ontem eu saltei de meu precipício e fui sozinha. Para meu maior espanto não morri. Eu não tinha consciência de quanto minhas asas eram grandes e de como eu poderia voar sem amparo. Saltei sozinha e não morri.
Agora estou aqui flutuando com a chuva, planando no ar, respirando bem de leve, sentindo o gosto da liberdade, da libertação. Estou voando na chuva e a esperança molha meu rosto. Estou voando e é isso que importa.

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