domingo, 29 de novembro de 2009

Você escreveu sua biografia com ferro em minha pele
e me obrigou a ler
e tudo o que eu pensava ser foi apagado
e hoje doi em mim as marcas de tuas letras

Lou Witt

Luto em vão e em desespero com o que acontece comigo. Às vezes penso que não acordarei pela manhã e que o sol será apenas uma lembrança no meu horizonte.
As forças me abandonam e por vezes penso em desistir de tudo. Deixar que o vento do destino me leve pra onde quiser. Me entregar e deixar que o pó do tempo me transforme em nada.
Estou cansada de tantas dores. O sorriso foge de mim e por mais que eu grite só ouço meu próprio eco. Neste deserto onde me encontro suplico por chuva e não encontro nem mesmo um gole de água.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Cansei de te pintar com minhas cores
joguei as tintas fora
lavei as mãos
e você perdeu todo o brilho

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Presente

escrever com a minha língua
em tua pele um poema
fazer voce sentir na alma
que a vida ainda vale a pena
escrever com as mãos
pelo teu corpo
uma poesia
onde nossas noites
jamais viram dia
imprimir meu corpo
contra o teu corpo
até que um corpo
só fique

unos
suados
amalgamados
entrelaçados
gozados
arrepiados
molhados
cansados
iluminados
no momento
que nos eternize
(alguém)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

- Entre - disse ele - olhos fulminantes, cabelos ainda molhados e cheiro de loção após barba. Camisa branca, calça jeans e pés descalços.
Uma mão segurando a maçaneta da porta, na outra uma caneca - Já te esperava! Coração aos pulos, um leve rubor na face - Chocolate quente?
Os olhos se encontram. Raios, trovões, labaredas.
A porta se fecha, a caneca é deixada de qualquer forma em um móvel qualquer.
Os braços a puxam quase que violentamente para junto de si.
Um beijo ardente!
Em um canto, como testemunha, uma caneca de chocolate frio.
Lou Witt