Sonhos e medos
Na madrugada quando a cidade dorme e o silêncio geme na escuridão das ruas, dentro de mim uma sombra me puxa para um abismo de sonhos de onde temo não mais voltar.
E é como se mil braços me puxassem e tomassem minha mente para um derradeiro além do que conheço.
E meus fantasmas me assombram e me fazem ínfima diante da imensidão do que eu nem suponho o que seja.
E penso não ter mais regresso e deixo por instantes me levar, mas quando sinto que não haverá mais volta uma súbita força aliada a um medo absurdo me fazem voltar e me agarrar ao fio que ainda resta.
E por vez nada foi perdido.